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Recomeços

2020, uns acreditam ser o início de uma nova década, outros acreditam que devemos esperar por mais um ano para então comemorarmos a chegada do novo decênio. Segundo o site da BBC NEWS BRASIL no artigo publicado em 31/12/2019 às 15h15 existem divergências quanto ao fim de uma década que por consequência incorre no início do milênio.

Uns contabilizam iniciando no ano zero outros no ano um. Pois bem, se o decênio começou ou se teremos que esperar por mais um ano o que realmente difere? Assim como em 2000 e 2012 foram anos numericamente significativos para muitos, o atual ano também traz essa carga de misticismo para variadas religiões. Para muitos, por exemplo, é o ano da duplicidade.


Sem críticas a fé

Sem críticas a fé de quem crer em datas extraordinárias para que algo sobrenatural aconteça, um pouco de reflexão faria bem a quem pensa que as coisas mudam consequentemente por si só devido a uma mudança de calendário. Seria acreditar em coisas como: ano profético; o nosso amor está escrito nas estrelas; meu ano será regido por um astro em alguma casa ou; minha história e minhas decisões não me pertence depende de como o universo se comporta frente a numerologia presente.


Muitos realmente acreditam em coisas assim, mas não há um tom crítico aqui, mas sim, um pouco de reflexão. Sempre é bom ter algo em que se firmar para ter um ponto de partida.

Certo é que, independente da forma de como se acredita, em que ou em quem existe um consenso. Os números são bons incentivadores para quem deseja sair do estado de inércia e começar algo novo. Mas, é preciso observar que somente existe um jeito de fazer a coisa certa, do jeito certo. Isso inclui o tempo certo e planejamento adequado.


A fé vem antes da ação. Porém fé em que?


A fé não elimina a razão. Fé sem razão é idolatria. Razão sem fé idolatria é.


A razão não anula fé.


A fé é o firme firmamento em coisas que não se veem. Se é firmamento existe o uso da razão.


A fé é a certeza das coisas que se espera

Se tem certeza novamente se utiliza a razão.

Pode-se ter fé e razão sem travar um conflito interior. Um homem carece deste equilíbrio para ter a mente saudável e uma fé relevante. No entanto, ter mais fé na mudança das datas e eras que no comportamento em si é colocar a responsabilidade de mudanças em coisas abstratas, logo, isso não é fé porque a fé movimenta aquele que crer.


Isso se encaixa em crendice, totemismo, superstição, esoterismo e outras formas ou conjunto de crenças, mas não se pode alegar que é a fé bíblica genuína. Porque a fé bíblica leva o indivíduo a agir conforme o que se crer. É praticante e gradual.


Quanto mais se move ao encontro do objetivo da fé mais fé se tem. Quanto mais fé se tem, mas se dispõe a agir.


Um marco para novas atitudes

Fim de ano ou início de ano pode ser significativo se for um marco para novas atitudes. Em 2021 o ano vai recomeçar. Alguns vão dizer o mesmo e ter o mesmo sentimento de oportunidade temporal e a sensação de recomeço. Recomeçar é sempre bom. Traz ânimo e alívio. Não temos como fugir dos recomeços da vida. O mundo é assim. Vivemos contando as datas e os dias, mas quando percebemos o ano já está no fim e não foi satisfatório para a maioria.


É hora de largar a fé abstrata. A fé não é sentimento. A fé não acomoda e sim incomoda e no mesmo tempo traz segurança e paz. Segurança naquilo que se tem que fazer e paz em fazer a coisa certa.


Viva 2020 com suas oportunidades e possibilidades. Se elas não aparecerem crie. Se não apoiarem a sua ideia reavalie e seja flexível onde puder.


Não desista. Inexista. Seja criativo.

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